A mala trocada trouxe solidariedade... 3m3y22
Certa feita, resolvemos optar por uma excursão ao Hotel São Gotardo, localizado no ponto mais alto da serra da Mantiqueira, pela vertente mineira, e segundo constava nas informações do hotel, há mias de 1.990m acima do nível do mar, em que visávamos desfrutar de uma convivência no meio do maciço montanhoso, da deslumbrante flora, onde as araucárias ainda prevaleciam de forma plena e consequentemente o desejo de degustarmos os pinhões que se faziam bem gostosos e saudosos, ainda saborearmos as deliciosas trutas Moritz entre inúmeros atrativos degustativos, sem contar com o clima, em que um ar puro que aremos a respirar nos dará mais qualidade de vida, sendo nós urbanoides de grandes centos urbanos na busca da saúde e porque não, os prazeres da vida...
Quase aos estertores daquela manhã, ao começo da tarde, adentra ao pátio do hotel o nosso ônibus. Atendidos condignamente pela istração, somos encaminhados pelos serviçais às acomodações e nos foi servido um delicioso almoço. Concluído o repasto, para alguns preferiram suas sestas, outros permaneceram nos jardins do hotel, e nós como alguns que já se fizeram companheiros, preferimos ser conduzidos pelo guia da excursão as cercanias do hotel a curtir o belo e magnífico cenário descortinado dos mirantes ali existentes, a nos encantarmos com impressionante visual que se perdia de vista.
Depois de apreciarmos e curtir ao longo da tarde as belas paisagens naturais expostas as nossas vistas, cuja iração em muito nos trazia momentos de rara sensibilidade e com o frio começando a surgir em meio às sombras do entardecer, cujo ocaso já dava sinais da presença, caminhamos de retorno ao hotel, onde um saboroso lanche nos foi servido, entre variadas guloseimas típicas de Minas Gerais.
Após o desfrutar da magnífica tarde, onde o lazer inicial nos proporcionou um momento digno de emoções, como a todos que nos acompanharam, nos dirigimos aos aposentos, objetivando pequeno repouso as pernas doloridas, digo, panturrilhas, e obviamente nos prepararmos, após arrumar nossos pertences aos locais indicados, um banho bem quente e agasalharmos para sair ao jantar as 19,30hs como prever as normas locais.
À medida que o tempo corria, às 19 horas, descemos e na sala de estar, onde duas lareiras já disponíveis aqueciam o ambiente, que externamente já registrava a temperatura de 5 graus e permanecemos a curtir a TV enquanto aguardava o guia a nos encaminhar ao refeitório, cujo aroma já se fazia sentir a provocar nossas barrigas “famintas”. De repente a guia um tanto espavorida, se chega e pede que tomemos o nosso local a mesa, pois tinha um caso a resolver um tanto intrincado, e tão logo resolvesse estaria conosco. Com a totalidade do grupo acomodado à mesa, só faltava um casal e a Guia, D. Marlene. Que finalmente se chega a nós, a trazer uma notícia um tanto inexplicável e, porque não, inconcebível ter ocorrido.
Simplesmente o casal jovem, ao deixar a casa pela madrugada, trocou as malas por outras que continham bugigangas como: martelo, tintas diversas, várias ferramentas, enfim, um monte de tralhas que se costuma ter em casa e que na hora de pegar a mala certa, apanhou a errada, já que quando as retirou do maleiro, por não abri-las e saber qual iria arruma-la à viagem, deixou a contendo as tralhas ali junto da certa enquanto arrumava suas roupas e agasalhos às que iriam precisar. Na pressa, pois estavam um pouco atrasados, já que tinham o taxi contratado na porta a espera-los, trocaram a mala principal que trazia as roupas essenciais. Portanto, estavam agora desprovidos de roupas e pertences para efetuarem suas trocas, mudas diárias e óbvio, seus agasalhos!
A salvação foi à gentileza dos companheiros do grupo que resolveram emprestar agasalhos, pulôver e calcas de training,, acabando por se tornar o incidente numa forma de aproximação e solidariedade, com algumas boas risada de permeio, ao chama-los de cabeças ocas...
Moral de história: Quando se é organizado, cuidadoso e responsável acima de tudo, essas dificuldades não ocorrem, pois do contrário sempre se ficará suscetível a esses contratempos que nos deixam vexado e cheio de frio... Ah! Esses turistas desatentos, sempre nos proporcionaram momentos bem pitorescos...
PS- Não sei se este hotel ainda existe, ou mesmo permanece em atividade, já que esta crônica que deu a este fato ocorreu há quase de 15 anos. Se encerrou as atividades, foi uma pena, pois tinha um visual belíssimo da Mantiqueira e uma localização de encher os olhos aos seus hóspedes e visitantes.
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